Cada fase de uma startup tem suas próprias necessidades e desafios. Governança pode parecer um termo “burocrático” para quem vive na batida de “matar um leão” por semana (quiçá por dia) —mas novos formatos de conselho consultivo têm ajudado o corpo diretivo das empresas a acelerar processos com aprendizado rápido, desde sua fundação.
Na fase inicial de uma startup, os fundadores estão preocupados com o planejamento e a avaliação da ideia. É importante considerar a capacidade financeira e as possíveis consequências de entrada ou saída de sócios, para evitar conflitos futuros. Desde essa fase, iniciar um processo de mentoria ou até mesmo embarcar um conselheiro consultivo que tenha uma visão complementar à dos fundadores, seja pontualmente, via fee ou vesting, pode ser um bom atalho.
Fase de Validação
Para que a startup alcance a fase de validação, é fundamental contar com controles internos organizados e uma estrutura bem definida de apuração de resultados. Quando o negócio começa a atrair o interesse de investidores, as demonstrações financeiras e o gerenciamento de caixa se tornam ainda mais importantes, assim como o alinhamento dos sócios sobre o uso dos recursos da empresa.
Pode ser um bom momento para aumentar o conselho, trazendo especialistas em aporte e venture capital.
Fase de Tração
Com a conquista da tração, a startup precisa estabelecer regras claras para a atuação dos sócios como executivos e separar o patrimônio pessoal dos sócios do da empresa.
Além disso, é necessário harmonizar os contratos com diferentes investidores e estruturar um processo de tomada de decisão eficiente, além de criar um modelo de planejamento e gestão orçamentários.
Conselheiros com visão jurídica podem ser de grande valia neste momento.
Aqui também pode ser útil um mentor ou conselheiro com visão de Produto e Tecnologia (nesta área eu posso ajudar!).
Fase de Escala
Finalmente, quando a startup atinge a escala, é imprescindível contar com um conselho de administração, um conselho consultivo e um comitê de auditoria. A contratação de auditorias independentes e internas e a criação de um plano de sucessão para os principais postos da empresa são também muito importantes.
Além disso, é necessário promover uma postura ética em toda a organização e estruturar formalmente o corpo executivo da empresa.
Vale ressaltar que a governança corporativa é um princípio fundamental em todas as fases da startup. A transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa devem ser respeitados em todas as relações com investidores, sócios e colaboradores.
A legislação brasileira estabelece regras claras de prestação de contas dos administradores das sociedades limitadas aos seus sócios. Isso incentiva a adoção de boas práticas de escrituração contábil, transparência e separação dos interesses da empresa dos interesses dos gestores.
É assim que processos enxutos e ágeis de governança ajudam uma empresa a ter gestão eficiente, desde a fase inicial de uma startup até uma scaleup.