Empresas brasileiras são tímidas em transformação digital, diz pesquisa PWC/FDC

Pesquisa PWC/FDC revela nível de maturidade digital das empresas brasileiras em uma escala de 1 a 6

A transformação digital no cenário empresarial brasileiro apresenta desafios expressivos, conforme revelado pelo “Índice Transformação Digital Brasil (ITDBr)” da PwC Brasil, criado em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC).

De acordo com a avaliação de dez dimensões, mais da metade das empresas analisadas (52,4%) foram classificadas como “seletivas”, indicando investimentos digitais tímidos, limitados. Apenas 25,2% alcançaram a categoria “otimizadoras”, caracterizadas por investimentos avançados em tecnologias como Inteligência Artificial (IA).

A metodologia exclusiva do ITDBr mede o nível de maturidade digital em áreas como Estratégia, Governança, Clientes digitais, Processos digitais, e mais. A pontuação média ficou em 3,3, com destaque para o setor financeiro, que atingiu 4,1, enquanto a produção industrial ficou abaixo da média, registrando 2,9 —evidenciando desafios significativos para a adoção da Indústria 4.0. O setor de Saúde apresentou o menor índice, com 2,8. Não é por acaso que você espera tanto na fila do médico ou do hospital, mesmo pagando caro pelos planos de saúde aqui no país.

Data-driven: empresas brasileiras deixam a desejar

Outro fator surpreendente é que embora as empresas brasileiras se considerem orientadas por dados, investem pouco na aplicação inteligente dessas informações.

A incorporação do digital em projetos existentes e a criação de um processo claro de digitalização são desafios cruciais. No entanto, a falta de estrutura e cultura organizacional tem sido uma barreira.

O baixo senso de urgência na formação e contratação de competências digitais, juntamente com uma avaliação negativa do ambiente para experimentação e agilidade, são obstáculos significativos.

Falta experiência em Digital no Brasil

A inexperiência em projetos digitais (28%) e a ausência de visão de um modelo de negócios (21%) são preocupações adicionais.

Apenas 7% das empresas visam a transformação completa do negócio para um modelo digital, e apenas 8% estão envolvidas na criação de novos negócios digitais, como NaaS e SaaS. A maioria demonstra baixa maturidade para IA, com apenas 10% implementando iniciativas nesse campo.

Poucas organizações adotam gestão de riscos e aplicação de assessments para avaliar a maturidade para a transformação digital. Implementações de governança digital foram destacadas apenas por 1% dos respondentes.

Resumindo, as organizações brasileiras continuam mais focadas nos impactos imediatos ou de curto prazo da digitalização do que na transformação estratégica e cultural, essencial para a competitividade e sustentabilidade do negócio. “Isso pode resultar em transformações que não atendam plenamente às necessidades dos clientes, deixando de capturar oportunidades provenientes de novas possibilidades de interação, novos canais e tecnologias inovadoras”, alerta David Morrell, líder de Customer Experience & Innovation da PwC Brasil.

Fonte: The Shift

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Tenho mais de 20 anos de experiência em Transformação Digital —participei deste processo desde o nascimento das primeiras empresas .com no Brasil no início dos anos 2000. Já atuei no UOL/Pagbank, na Natura e no Walmart.com antes de me tornar consultor, tendo atendido Microsoft Brasil, SulAmérica, GPA, ViaVarejo, entre outros, com temas que vão deste OKRsProduct Management até Transformação Ágil.

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