Inteligência Artificial: é mesmo uma revolução?

Inteligência Artificial: é mesmo uma revolução?

Não, a revolução pela qual estamos passando não é sobre Inteligência Artificial. Ao menos para Cassie Kozyrkov, Chief Decision Scientist do Google que fechou o primeiro dia de palestras no palco central do WebSummit 2023, que acontece até quinta no Rio de Janeiro.

Para a executiva do Google, a revolução é sobre Experiência e —será mesmo? Ou é só dor de cotovelo digital após a falha no lançamento do Bard, no início do ano?

A palestra falou sobre a automatização do trabalho —de quem a IA vai roubar trabalho? Segundo ela, não é a IA que automatiza o trabalho das pessoas, mas os engenheiros, que pelo menos desde meados do século passado transformaram-se em especialistas em automatizar o trabalho alheio.

Individualidade Aumentada

Para Kozyrkov, no entanto, agora o feitiço tornou-se contra o feiticeiro. É o trabalho do engenheiro de software que está sendo automatizado. A programação tradicional usa instruções escritas pelo engenheiro. Em contraste, em aprendizado de máquina e IA, exemplos são usados, e algoritmos de IA encontram códigos comuns nesses exemplos para transformá-los em instruções que o computador pode usar para transformar entradas em saídas.

Segundo ela, isso é uma revolução na comunicação, uma forma diferente de explicar o que queremos para as máquinas com instruções versus exemplos. 

Claro, para meros mortais como nós, ChatGPT e Midjourney, entre outros, parecem magia. O que nos traz para uma era de Individualidade Aumentada. Isso porque, segundo a cientista, há décadas sistemas similares vêem sendo utilizados, primeiro na academia, depois em soluções corporativas. E agora chegou a vez do usuário final. Por isso a revolução, segundo ela, ser mais de experiência que de computação em si.

De qualquer forma Kozyrkov encerrou a palestra anotando a importância de conversar sobre os impactos sociais que a automação trará, especialmente quando apenas parcela da população tem acesso a ferramentas de impulso de produtividade.

E você? Concorda com a cientista do Google?

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